terça-feira, 12 de abril de 2011

CHARLINHO QUER SER GOVERNADOR:

RELATO DE UMA LENDA CAIÇARA
Por: SÉRGIO PRATA\
Esta matéria não está criptografada! Se por um acaso algum leitor desavisado acreditar que esteja, ele também acreditará em Papai Noel, no Coelhinho da Páscoa, que as crianças são trazidas pelas cegonhas e que o meu vizinho, que desapareceu por uma semana, foi abduzido por Ets e sofreu lavagem cerebral (pelo menos a mulher dele acreditou!).
À exemplo do Prefeito Zito, de Duque de Caxias, o principal mandatário de nossa cidade, traçou as diretrizes básicas de um megalômano projeto que possivelmente o levará a tentar sentar na mais importante cadeira do Executivo Estadual, no Palácio Laranjeiras, que começou quando ele ainda estava sentado na principal cadeira do Executivo municipal de Mangaratiba.
Zito, que havia deixado um grande legado na Baixada Fluminense, para tentar a sorte na capital, desistiu logo na largada, quando seus estudos “políticos-científicos” apontaram para a chegada de uma “avalanche” populista, trazida pelo contra-fluxo do Rio Paraíba, oriundo de Campos dos Goytacazes, de onde acenava da “crista da onda”, a “garotada campista”, portando em uma das mãos um livro religioso.
O discurso de pobrezinho funcionou e funciona até hoje. O povo consegue acreditar que um cidadão que foi radialista esportivo (daí a origem do apelido), Vereador, Secretário de estado duas vezes, Deputado Estadual, Prefeito duas vezes, Governador, que é Deputado Federal, que elegeu sua mulher Governadora e depois Prefeita, e a filha mais velha Vereadora da Capital e Deputada Estadual, não tenha conseguido dinheiro suficiente para comprar uma casa própria!
O “cara de pau” que ao longo da sua vida conseguiu “fazer” inimigos históricos, entre eles o falecido Caixa D’Água (ex-presidente do Americano Futebol Clube e ex-presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), e por mais incrível que possa parecer, é inimigo declarado do radialista José Carlos Araujo (que não é inimigo de ninguém), só tem registrado em seu nome uma casa recebida de herança dos pais, e mais nada! Nem mesmo um Fusca ou uma Brasília ele tem! Isto é no mínimo muito estranho!   
Oriundo de família judia renegou suas raízes religiosas e abraçou o protestantismo como forma de popularizar mais ainda o seu novo nome, junto às camadas mais carentes da nossa sociedade, abraçando “lesivamente” a causa cristã, da mesma forma agressiva e impetuosa como conquistou o direito de agregar ao nome o substantivo/adjetivo com o qual hoje é nacionalmente conhecido.
Segundo a “lenda urbana”, fruto da imaginação (previsão) de loucos e profetas, ou a mistura de ambos em uma só pessoa, um homem com apelido de criança, oriundo de uma cidade do interior, que já foi capital do estado (Campos dos Goytacazes), que tem o hábito de comer fios de ouro (chuvisco) e beber o doce néctar que nasce da terra (garapa), sentará em meio ao meio do século, na cadeira principal do Executivo nacional, no momento em que Brasília se tornará o “centro do mundo”.
Nem mesmo “Sana-Khan”, o maior profeta da política brasileira, que previu(?) o suicídio de Getúlio Vargas, a eleição de Jânio Quadros (o ambíguo), bem como a ascensão de José Sarney (o capo dos lençóis) como Presidente (pela segunda vez sem o voto popular), de uma América do Sul unificada, com capital em Brasília, conseguiria alcançar tão bizarra previsão, em uma chapa com Sarney, vice do “papa-goiabas”, com o vice assumindo o poder, novamente, no impedimento do vencedor.
Voltando ao foco principal, Charlinho quer ser Governador, mas para que suas aspirações políticas não se dissipem em meio a crise “fabricada” de governabilidade, antes mesmo do que se é esperado, “ele promoverá” nova união com o legislativo municipal, dando fim ao “jogo de gato e rato” na cidade, onde as “águias” da nossa política observam, com visão privilegiada, do alto de suas suntuosas cadeiras de chefes, a movimentação dos “jogadores”.
Foi exatamente assim que ele fez em Mangaratiba: Em meio à guerra travada pelos ex-aliados, tendo em vista as eleições de 2004 (José Luiz do Posto X Aarão), ele, depois de transferir seu “domicílio eleitoral” para cá e definitivamente renunciar ao cargo, ofereceu apoio a um terceiro nome que sabia não haver como deslanchar na campanha eleitoral. Foi uma estratégia que no primeiro momento fugiu-lhe às mãos, mas no “segundo tempo”, a coisa mudou de figura: Elegeu Capixaba, contrariando a opinião pública.
Em Seropédica já está “tudo dominado”! Ele desbancou o “Príncipe dos Areais” (Anabal) fazendo uma aliança indireta com o “Rei dos Areais” (Eider Dantas), seu vizinho de verdadeira moradia, na Barra da Tijuca e conseguiu fazer com que seu principal aliado (Martinazzo) sentasse na cadeira daquele Executivo municipal para cumprir um “mandato tapa buraco”, onde trabalha com a assinatura Charlinho.
No último pleito eleitoral, mostrando sua força política, “atropelou” o Sub-Governador da Costa Verde (José Luiz do Posto), alcançando o coração do mandatário do Palácio Laranjeira, que além de permitir, abraçou a causa, mesmo sabendo que parte dela estava perdida em nome da fé e da “beleza”.
Elegeu sua mulher Deputada Estadual em um “chapão populista” apelidado de “samba do crioulo doido”, onde misturou a “princesinha da Costa Verde”, a “ex-guerrilheira”, ao “bebum de Cavalcante”, ao “neo-escravagista”, ao “doido” e ao “rei de angra”. Só não elegeu os dois candidatos ao Senado Federal que foram humilhados nas urnas pelo “Bispo da Universal” e pelo não tão lindo assim, mas “eterno estudante universitário”.    
Tudo indica que ao final do “jogo de gato e rato” em nossa cidade, quando as verdadeiras verdades estiverem à mostra, Charlinho “fugirá” dos “inhos” e lançará um terceiro nome para Prefeito, que tranquilamente pode vir a ser o seu atual Vice-Prefeito, “um poste”, que só serviu para compor sua chapa aos 44 minutos do segundo tempo regulamentar, quando abriu mão de uma campanha certamente derrotada pela reeleição na Câmara Municipal.
Em sua caminhada em direção ao Palácio Laranjeira, agregou grande número simpatizantes em toda a Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, bem como em boa parte da Baixada e da região Sul Fluminense, executando aquilo que aprendeu com o “doido”, o eterno Prefeito da capital, que abraçou a causa de Charlinho em seu primeiro momento em Itaguaí, dentro do PFL (DEM) fora do PMDB: Muitas obras de fachada e muito factóide.
O “Rei da Costa Verde” consegue fazer o que à princípio parece ser impossível: Se alia a Cesar Maia, Garotinho, Sérgio Cabral e Francisco Dornelles. “Domina” politicamente toda a Costa Verde, é popular em toda Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, Baixada e região Sul Fluminense, onde conta com apoio do Vice-Governador, carrega à tiracolo um trio de excelentes advogados e os nossos Vereadores, caindo no “conto do factóide” querem fazer “política provinciana”.
Já escrevi várias vezes e tornarei a repetir: Não existe essa história de G7 e G4. Isto é “jogo de cena”, é “jogo de gato e rato”! O que existe é: Dois grandes jogadores (O Prefeito e o Presidente da Câmara Municipal), 10 Vereadores divididos em três grupos: 4 jogando pelo lado do Prefeito, 4 jogando pelo lado do Presidente da Câmara Municipal e 2 neutros ou indecisos.
Ao final do jogo sairão 2 candidatos, um de cada lado, e o Prefeito novamente tirará da sua “cartola” um outro nome para desequilibrar as forças, repetindo um roteiro de filme já lido antes.
Isto é um relato de uma “lenda caiçara”. Enquanto isto, o povo sofre!

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